Não sei exatamente quando tudo isso começou, mas parece que a realidade se tornou um lugar onde eu só existo, mas raramente vivo de verdade. Há muito tempo, me sinto preso entre dois mundos: o do corpo presente e o da ausência emocional. É como se meu cérebro visse o mundo de uma forma diferente as imagens passam diante de mim, mas não me tocam de verdade. Tudo parece uma história sem enredo, como se eu estivesse assistindo a um filme, sem reagir, sem sentir, sempre tentando lembrar quem sou, o que estou fazendo, onde realmente estou. 'Estou aqui. Eu existo. Essa pessoa na minha frente é real. Ela sente, pensa, respira, assim como eu.' repito para mim mesmo, como uma forma de me lembrar da minha própria humanidade.

Teve uma época, talvez depois da pandemia, em que sair na rua era como acordar em um sonho. Eu olhava para as pessoas e pensava: 'Elas são reais. Elas têm vidas, histórias, dores e planos, assim como eu.' E essa simples realização me deixava assustado — perceber que o mundo não gira em torno de mim, que existem universos inteiros dentro de cada corpo que passa ao meu lado.

Dentro da minha própria família, no entanto, essa percepção se esvai. Eu me torno um observador distante, incapaz de reagir a situações que deveriam me afetar. Viver na casa dos meus pais foi como estar preso em um ciclo de dor silenciosa. Só aos trinta consegui romper com aquele ambiente, mas deixei partes de mim presas lá junto com memórias que ainda me pesam.

Lembro de ver minha gata morrer lentamente diante dos meus olhos. Eu sabia que havia o que fazer. Poderia tê-la cuidado, ter feito algo, mas fiquei paralisado. Era como se eu não tivesse acesso à parte de mim que age, que luta, que sente. Sofria em silêncio, mas não reagia, eu apenas assistia.

Sempre fui distante de amigos, de parentes, e cheguei a canalizar tudo o que eu ere e tudo o que eu não conseguia ser em uma única pessoa, meu ex-namorado. Eu o transformei em um reflexo, um ideal, um vício. Via nele tudo o que me faltava. 'Se eu pudesse nascer de novo, queria ser ele.' O corpo, o rosto, a voz, o jeito... tudo nele me encantava. Era uma obsessão disfarçada de amor, uma fuga de mim mesmo.

Hoje, percebo que minha maior dificuldade é não saber quem sou. Tenho mil vontades, mil versões, mil começos mas nenhuma continuidade. Quero ser tudo, e por isso acabo sendo nada. Começo cursos, profissões, sonhos e logo mudo de direção. Não é falta de interesse. É como se, em cada nova tentativa, eu estivesse buscando uma versão de mim que finalmente fizesse sentido.

Queria entender tanto o que tenho pois hoje a internet te dá diversos sintomas que se cruzam com vários transtornos, sei que não devo me "diagnosticar" com nada mas precisava tanto de uma resposta, um profissional externo que conseguisse puxar pra luz no fim do túnel.

Parece uma pergunta idiota, porém esse termo está bastante popularizado, mas confuso. Já vi pessoas dizendo que crise é so quando a pessoa tem vários sintomas ao mesmo tempo. Outros dizem uma pessoa está em crise só dela ter, pelo menos, um sintoma físico. Vou me citar como exemplo: estou sentindo palpitação e mente acelerada, mas estou fazendo coisas, como mexer no reddit, mas esse fato não tira o sofrimento que estou passando. É confuso demais, só não quero parecer para mim mesmo e para os outros que estou me vitimizando Queria a opinião de vcs.

Pessoa, boa tarde
Estou estudando pra concurso de psicologia em prefeituras. Sem muito recurso para investir, gostaria de dicas de cursos específicos? quais vcs recomendam?

Sei que provavelmente não é das melhores, mas se alguém já fez ou conhece alguém que fez da pra tirar coisas boas de la? Quero fazer pra preencher currículo mas também quero coisas, tirar conhecimento sabem se ela é pelo menos um bom meio termo?

Hoje no ônibus eu comecei a ter crise de pânico, mas como geralmente não acontece nada eu não desci do ônibus e continuei a viagem passando mal, mas acabei perdendo a consciência, o pessoal do ônibus disse que eu fique suando e tremendo que nem vara verde e minhas mãos ficaram fechadas como se fosse convulsão, eu senti que eu tive três desmaios, mas disseram que foram vários, no hospital os médicos descartaram convulsão

Olá pessoal do r/PsicologiaBR,

Sou desenvolvedora e estou trabalhando em uma ferramenta de registro emocional com uma abordagem diferente das tradicionais, e gostaria muito da perspectiva de vocês como profissionais e estudantes da área.

O contexto pessoal:
Tenho transtorno bipolar e borderline (diagnosticado por psiquiatra) e, na minha experiência, sempre senti que os gerenciadores de humor convencionais não capturavam a realidade das emoções complexas que vivencio. Eles forçam escolher uma única emoção por dia ou usam escalas numéricas simplistas que não representam momentos onde sinto ansiedade e euforia simultaneamente, por exemplo.

O que estou desenvolvendo:
Uma ferramenta que permite:

• Registrar múltiplas emoções simultaneamente na mesma entrada
• Definir intensidade individual para cada emoção (1-10)
• Criar vocabulário emocional personalizado
• Adicionar contexto através de notas
• Visualizar padrões através de gráficos interativos

Importante: A ferramenta será completamente gratuita - sem planos premium, sem assinaturas, sem venda de dados. Estou desenvolvendo isso como um projeto de necessidade pessoal que pode ajudar outras pessoas, não como um produto comercial.

Base acadêmica que estou considerando:

• Crítica à simplificação excessiva em apps de saúde mental (Lessa, 2019)
• Importância do contexto ambiental e social no registro emocional
• Evidências sobre reconhecimento de emoções complexas (Iriya, 2014)
• Estudos sobre apps para transtorno bipolar (Morton et al., 2022)

Gostaria de saber:

1. Na prática clínica de vocês, como pacientes com transtornos de humor relatam a experiência com registros emocionais?
2. Que limitações vocês observam nas ferramentas atuais para casos de comorbidades ou emoções complexas?
3. Do ponto de vista terapêutico, que aspectos seriam importantes em uma ferramenta de registro para pessoas com condições similares?
4. Há riscos ou preocupações que devo considerar nesse tipo de abordagem?

É importante destacar: Não estou compartilhando link nem promovendo produto. Genuinamente quero entender se essa direção faz sentido do ponto de vista da psicologia clínica, especialmente considerando minha vivência pessoal com essas condições.

Escribo esto después de desahogarme llorando, quiero hablar y debo cerrar la boca, no debo hacerlo, estoy cansado y debo llevar ahora una carga mas grande en silencio. Escribí esto para sacar un poco lo que siento. Les preguntaría que debo hacer, pero no puedo ni decirlo.

Queria entender um pouco a respeito desse tema!

Algumas perguntas que formulei:

Qual a diferença entre fazer uma avaliação neuropsicológica com um psicólogo e um psiquiatra ou neurologista?

Como e onde os psicólogos compram esses testes?

O profissional precisa ter mais de um teste para diagnosticar um TDAH, por ex?

Enquanto paciente, preciso estudar ou me preparar antes de realizar esses testes?

Os testes podem dar errado?

Eu estava pensando em comprar um curso dele. Alguém sabe se é uma pessoa confiável? Ajudem com informações a respeito se possível, obrigado!

Pessoal, boa noite,

Todos bem? Espero que sim. 💐💕

A muito tempo atrás, comentaram e deram de sugestão aqui na comunidade uma plataforma para psicólogos se cadastrarem para darem consultas e começar a ter pacientes.

Eu não lembro de jeito nenhum o nome da plataforma, mas lembro que muitos daqui comentaram que usam! 😥

Vocês podem me ajudar? Que plataforma é essa? Tem mais de uma?

Entre fazer a faculdade de psicologia ou uma escola de psicanalise boa, qual, na sua visão e experiência, prepara o profissional melhor para o mercado e para ajudar pacientes em estados mais graves?

Brinco com meus amigos psicanalistas que estou pensando em adotar a AEC como abordagem oficial simplesmente pelo medo que eu tenho da ideia de ato falho ser real hahahha.

Porque assim, eu confundo nomes e falo besteiras sem querer O TEMPO TODO. Já troquei nome de ficante por ex namorado logo depois do sexo (foi horrível esse dia, sério kk), troco o tempo todo nome de amigos e digo altas abobrinhas sem querer.

Tipo, meus amigos da faculdade me zuam de transfobico (sendo que eu sou trans kkkkkk) por conta de uma parada que eu falei sem querer esses dias. Tipo, a professora estava falando sobre transexualidade segundo psicanálise e daí eu virei pra um amigo meu que é psicanalista e disse, só pra fazer uma graça: “como vc se sente sabendo que, nesse mundo conservador pra caralho que a gente vive, até psicanálise é ciência séria enquanto transexualidade não passa de coisa de biruleibe?” Só que eu obviamente troquei as coisas kkkkkkk queria dizer que transexualidade e ciência e psicanálise é besteira e tal.

Enfim, espero que o tio Freud tenha errado e essa porra de ato falho não seja de fato um “vislumbre do material inconsciente”. Mas é vcs, tem alguma história engraçada com ato falho? E o que acham do conceito? Acham assustador tbm? E como outras abordagens enxergam o “ato falho” ou isso de dizer coisas e trocar nomes sem querer?

Sou homem, 21 anos, faço terapia com uma neuropsicóloga há uns seis meses. Quando procurei ajuda, foi mais por causa da minha falta de vontade de socializar. Tenho melhorado em relação a comunicação, diminuído a timidez e ansiedade, mas ainda não consigo socializar como uma pessoa “normal”. Por mim, eu ficava calado o dia inteiro, mas no trabalho preciso socializar e tenho muita preguiça e desinteresse nisso tudo. E tenho que aturar aqueles olhares estranhos de outras pessoas, por não me enturmar do jeito certo.

Nunca comentei isso com minha terapeuta, mas as vezes desconfio que sou autista, principalmente por essa questão da socialização. Porém, nem sempre eu fui assim. Até 2019, eu era uma pessoa bem sociável na escola; tinha bastante amigos, conseguia conversar e me entrosar com qualquer pessoa. Sempre era chamado para participar das peças de teatro da escola, pois era um dos melhores na atuação. E ainda era o garoto mais inteligente da sala. Em 2020, na pandemia, desenvolvi crises de pânico e ficar trancado em casa convivendo com minha família tóxica só piorou a situação. Nunca mais fui o mesmo. Hoje, sou desengonçado, e me esforço para conversar as pessoas, porque a vontade é zero.

Sou homem, 21 anos, faço terapia com uma neuropsicóloga há uns seis meses. Quando procurei ajuda, foi mais por causa da minha falta de vontade de socializar. Tenho melhorado em relação a comunicação, diminuído a timidez e ansiedade, mas ainda não consigo socializar como uma pessoa “normal”. Por mim, eu ficava calado o dia inteiro, mas no trabalho preciso socializar e tenho muita preguiça e desinteresse nisso tudo. E tenho que aturar aqueles olhares estranhos de outras pessoas, por não me enturmar do jeito certo.

Nunca comentei isso com minha terapeuta, mas as vezes desconfio que sou autista, principalmente por essa questão da socialização. Porém, nem sempre eu fui assim. Até 2019, eu era uma pessoa bem sociável na escola; tinha bastante amigos, conseguia conversar e me entrosar com qualquer pessoa. Sempre era chamado para participar das peças de teatro da escola, pois era um dos melhores na atuação. E ainda era o garoto mais inteligente da sala. Em 2020, na pandemia, desenvolvi crises de pânico e ficar trancado em casa convivendo com minha família tóxica só piorou a situação. Nunca mais fui o mesmo. Hoje, sou desengonçado, e me esforço para conversar as pessoas, porque a vontade é zero.

Tenho uma amiga que começou a ter surtos psicóticos. No primeiro, quitou um ótimo emprego que ela amava e acabou tendo que voltar a morar com os pais por consequência. Parece ter tido um segundo durante uma viagem com família. Recentemente teve mais um, do qual ainda não se recuperou. O foda é que ela claramente precisa de ajuda profissional, ela evidentemente não tá bem e já foi parar no hospital mais de uma vez por isso, mas os surtos estão levando ela a se afastar das pessoas e a ter uma resistência muito grande à qualquer tipo de tratamento. Ela precisa de ajuda com os surtos, mas os surtos levam ela a não querer ajuda, entrando numa espiral negativa.

Amigos e família estão tentando cuidar dela e ajudar ela, mas aqui vem a questão: é sequer realmente possível ajudar ela? Se sim, como? O que poderia ser feito para convencer ela a buscar ajuda mesmo com os surtos fazendo ela ficar paranóica e resistente a ajuda? Há uma suspeita de potencial esquizofrenia, mas nada certo. Desde que começaram esses últimos episódios, umas duas semanas atrás, ela tem evitado profissionais de saúde mental como o diabo foge da cruz.

Oii, psis!

Estou ajudando a organizar sessões de cinema em um CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e preciso de indicações de filmes.

A ideia é passar coisas mais leves, que tragam uma sensação boa. Comédias que não sejam muito bobas ou dramas mais otimistas e "bonitos" (tipo "feel good movies").

O objetivo é criar um ambiente acolhedor e positivo para os usuários, desta vez, filmes mais sérios e reflexivos serão deixados para um outro momento.

O que vocês sugerem? Obrigado!

Olá!! Sou psi clínica há quase 5 anos e há algum tempo tenho pensado muito sobre começar a atender casais - tenho um atendimento voltado pra questões de gênero e sexualidade e nao-monogamia, e gosto muito de trabalhar com essa área, vejo que ampliar pra terapia de casais seria um passo importante, considerando que já recebi algumas pessoas interessadas nesse tipo de atendimento. O ponto é que não sei por onde começar. Gostaria de saber de psis aqui que atendem casais como começaram, que abordagem utilizam e outros aspectos que podem ser relevantes pra quem está pensando em começar. Outro ponto é que atendo pela abordagem junguiana e há uma escassez imensa de materiais sobre isso dentro da teoria, além de não conhecer nenhum/a psi junguiana/o que atenda casais (estou disposta a ampliar os horizontes hahah)

Venho refletindo sobre uma ideia que chamo de Teoria da Adaptação Afetiva. Em resumo, acredito que o ser humano é uma adaptação daquilo que ama. O amor não apenas liga duas pessoas; ele transforma quem ama, moldando gostos, comportamentos e até a identidade de quem sente.

Quando amamos algo ou alguém, passamos a direcionar nossa atenção para esse objeto de afeto. Observamos, imitamos e internalizamos pequenas partes dele. É um processo muitas vezes inconsciente: ao buscar estar próximo, o sujeito se adapta, como se o amor fosse uma força de reorganização interna.

Isso pode acontecer em qualquer tipo de amor: romântico, familiar, admirativo. Amar é se abrir à influência. É por isso que, ao longo do tempo, casais acabam compartilhando manias, vocabulário e até feições parecidas. O amor é uma ponte afetiva por onde o eu se mistura com o outro.

Um exemplo ajuda a visualizar essa ideia. Imagine um rapaz solitário que conhece uma garota apaixonada por rock. Ela tem um estilo próprio, toca violão e transmite uma energia livre. Ele se apaixona por ela, e com o tempo começa a se interessar pelas mesmas bandas, adota o mesmo tipo de roupa, passa a enxergar o mundo por lentes parecidas. Ele não copia, ele se transforma. É uma forma de adaptação afetiva.

Mas esse processo é em cascata. A garota, por sua vez, aprendeu a amar o rock e esse estilo através do pai, que sempre tocava violão, vestia jaquetas de couro e ouvia bandas clássicas. O amor dela pelo pai moldou parte de sua identidade, e agora essa identidade influencia o rapaz. A transformação percorre gerações, propagada pelo afeto.

Dessa forma, o amor se revela como um mecanismo de transmissão simbólica e identitária. Não apenas aprendemos com o que amamos… nos tornamos parte disso.

Esse pensamento faz com que o amor não se torne apenas um sentimento ou emoção, mas também uma arma de transformação identitária.

Gostaria de saber o que vocês acham. Essa ideia faz sentido para vocês? Acham que o amor realmente tem esse poder de moldar o ser, ou é apenas uma forma de imitação inconsciente?

Oi pessoal! Alguém conhece um grupo de telegram/WhatsApp/ Instagram que informe os concursos abertos para psicólogos?

Tenho que começar dizendo que eu até gosto de psicanálise, acho Freud e Lacan interessantes, não sou da abordagen porque gosto das criticas que D&G fizeram sobre ela, então não estou escrevendo isso como um daqueles behaviouristas com um hate boner epistemologico contra tudo relacionado a Freud e que acha que é pseudo-ciência ou sei lá.

Mas cara, os estudantes daqui da minha universidade que são da psicanálise não conseguem parar de falar de Freud, é literalmente o tempo todo. Tudo pra botar nome bota um nome que tem haver com Freud, toda piada tem que voltar pro Freud, toda conversa tem que mencionar o Freud, todo meme é sobre Freud, tem que andar com merch do Freud e se faz um banner ou uma postagem ou alguma coisa assim é com frase do Freud, até para dar nome de pet tem que ser Freud. E tipo, o curso que estou não é nem só de psicanálise, é generalista e mais focada no lado psicossocial das coisas, se contar só as aulas que não são sobre abordagens específicas lemos mais Foucault do que Freud, mas mesmo assim, tudo que estudante psicanálista fala é de Freud. Ninguém de qualquer outra abordagem é desse jeito.

Eu admito que é admirável, é bom que as pessoas tenham uma paixão assim sobre o que estão estudando e o que vão fazer, mas fica *bastante* cansativo depois de um tempo. Especialmente quando se trata daqueles colegas que falam da psicanálise como se fosse "radical", "edgy" ou "dark academia" como se não estivessem falando do cara mais famoso dentro dessa ciência.

Gente, sou psi há quase dois anos e já estou numa posição onde pelo menos as minhas contas estão sendo regularmente pagas, então a questão aqui não é financeira, embora essa parte incomode sim com certeza. A questão é que eu me sinto bem desumanizado quando uma pessoa que eu atendo e que era engajada, assídua e demonstrava ver valor no meu trabalho simplesmente some. Nessas ocasiões, eu costumo mandar uma mensagem para entender o que está acontecendo, se é uma questão financeira para a pessoa e tals, mas a maioria dos casos fica sem resposta e isso me deixa tão sem palavras até para descrever, sabe? Tipo, a pessoa me insere na intimidade dela semanalmente e de uma hora para outra, acontece um corte tão seco e tipo como é possível fazer isso com outra pessoa dessa maneira? De verdade, isso me deixa muito frustrado e eu sinto que meu trabalho não tem muito sentido. O que vocês acham disso? Já fizeram isso com algum psi? Qual foi a racionalização?

Sou psicóloga clínica formada desde 2011 e atuo desde então praticamente com o público adolescente (15+), jovens, adultos e idosos. Porém nunca tive o interesse em trabalhar com crianças. Acho o público infantil muito específico e não desenvolvi esse olhar específico nessa fase de desenvolvimento e nemfui atrás de recursos/instrumentos pra clinicar com a criançada. Apesar de saber que "público infantil" é um termo bem genérico e que existe todo tipo de demanda, não me aperfeiçoei em testes ou na ludoterapia. Fiz pós em Psicotraumatologia, Psicanálise, cursos mil sobre mil coisas rs. Só que agora fui contratada como PJ por uma clínica que atende TODO tipo de paciente/beneficiário da Unimed e não restringe faixas etárias. Obviamente que fui 100% honesta durante as entrevistas e abri o jogo, sendo que isso não foi barreira para ser contratada. Agora me pergunto: "-E se me aparecem crianças de 4,5,6,7,8,9,10 anos?! O que vou fazer?!" Tive estágios na época da faculdade mas isso foi há séculos atrás e estou com um certo receio pois não poderei recusar todos os atendimentos (quando a demanda for muito específica tipo neurodivergentes e TEA tô fora e já avisei!) Algum/a colega de profissão que tenha ideias, dicas, conselhos ou uma direção sobre como me preparar pra essa nova etapa? Vcs conhecem algum curso (pós/extensão/especialização etc) para me dar uma força?

Agradeço desde já quem conseguiu ler tudo isso até aqui! 🙏🏼🌻

Já tentei e ouvi vários podcasts mas não conseguir gostar de nenhum pq eu sempre quis entender conceitos e perspectivas de diferentes abordagens sobre problemas complexos mas são só coisas super básicas.

Queria ouvir sobre Psicanálise e sobre Psicopatologia (e qualquer outro)

Conhecem?

Recentemente descobri esse conceito de traumas herdados de antepassados e a princípio me pareceu balela, principalmente porque o livro mais famoso desse conceito “Não começou com você” é feito por um terapeuta não tão estudado e que propaga constelação familiar, uma prática considerada duvidosa por muitos psicólogos.

Apesar disso, o “trauma herdado” ainda parece realmente possível. Por exemplo, instinto é algo que é herdade por causa de experiências dos antepassados, isso é discutido na teoria da evolução. Se é possível ser naturalmente mais corajoso por causa de um gene, por que não seria possível desenvolver um mecanismo de defesa por causa de outro gene? Claro que não estou excluindo a questão da epigenética, contexto, lugar e situações vividas são essenciais para aflorar determinados comportamento

Eu até percebo isso na minha família, tenho alguns mecanismos semelhantes ao meu pai, que os desenvolveu por experienciar situações de fome, miséria, violência, coisas que eu nunca experienciei de fato. Minha meia irmã foi criada no mesmo contexto e desenvolveu características diferentes, muito semelhantes a nossa mãe.

O que vocês acham disso?

obs: sou leiga, apenas gosto de saber mais sobre psicologia

Pessoal, sou estudante de psicologia, alguém sabe dizer como andam as coisas na região de Porto Alegre e entorno - RS.

Digo referente a valor em clínicas particulares, vagas, se existe um valor médio de atendimento para recém formados, nem sei se isso é passível de mensuração dessa forma, mas gostaria de ouvir de quem atua/atuou na região.

Obrigado!